domingo, novembro 26, 2023

Venho do futuro dizer: olha como funcionou

 Querida do passado,

Que angustia esse "olhar para trás" trouxe aqui ao futuro. Serei breve, como não costumo ser, no lead preciso: deu certo, e muito!

Claro que a você do futuro agora carrega outros medos e "neuras". Mas estou aqui para te tranquilizar, e dizer que você obteve êxito, e chegou em um lugar que poderia soar inimaginável doze anos antes.

Alguém te achou despreparada e não te deu oportunidade. Um ou outro tentou te pagar pouco. Mas você teve pessoas que estenderam a mão, que acreditaram em você e acharam que você seria capaz. Alguém olhou seu trabalho, criticou para melhorar e você foi capaz de escutar. 

Alguém achou que você merecia uma vaga fixa, e depois uma promoção. E quando você cansou, largou tudo e recomeçou em outro cantinho, e deu certo também. 

Atualmente você coordena os outros, guia passos, e teme diariamente ser injusta, dura demais ou "fofa demais". O equilíbrio é algo quase inalcançável, ao menos você aprendeu isso.

A terapia te ajudou, o amor também, do seu companheiro de vida, dos seus amigos e da sua família.

Está tudo bem, querida!

Daqui, te abraço com todo afeto.

Um beijo fraterno, 

Ass: eu de novembro de 2023.

segunda-feira, março 28, 2011

Sobre sonhos e (essa tal de) carreira

Quem acompanha minha "carreira" de perto sabe que ela anda agitada nos últimos dois anos. Antes de qualquer coisa, que fique claro: estou em busca da felicidade profissional, aquele desejo desenfreado pelo emprego dos sonhos, aquele que a gente sonha na faculdade e tenta enquadrar dentro da realidade (bem maluca!) do mercado de trabalho. E para isso não basta somente trabalhar na nossa área. É preciso buscar algo dentro da sua área que pague suas contas, te realize profissionalmente e, de preferência, tenha um ótimo clima de trabalho.

Indiretamente, esse desejo também me trouxe para o Rio de Janeiro, fez largar um emprego fixo e o mundo da assessoria de imprensa para conseguir meu lugar ao sol nas redações dos veículos brasileiros, cada vez menores e mais concorridas.

Não posso reclamar: desde o fim de 2009 nesta ida e vinda de temporários, consegui boas oportunidades em lugares ótimos, e aprendi muito, mas muito mesmo. Mas essa vida cansa, e muito. No fim de cada contrato, sofro com a perda da convivência em ambientes e com pessoas com as quais me afeiçoei. Eles não farão mais parte da minha rotina. Economicamente, a coisa desanda mais. O planejamento "de vida" se resume aos próximos três meses, prazo máximo determinado para os contratos temporários.

Talvez - eu digo talvez, e espero mesmo que isso não se confirme - mais um destes ciclos na minha carreira acabe dentro de uma semana. Meu contrato de cinco meses encerra e, ao menos por enquanto, sem possibilidade de renovação. A angústia sem fim já começou. Mesmo com os sorrisos diários - quem convive comigo no ambiente de trabalho sabe que minha falha é sorrir e falar demais! - estou gritando por dentro. Indiretamente, esse texto também é uma forma de desabafar e não desabar como uma criança que perdeu seu novo brinquedo na frente do mundo.

Espero não estar fazendo nada de errado. Em busca do meu lugar ao sol, só meu, sem prejudicar ou fazer mal a ninguém. Vou continuar trilhando o meu caminho. Escrevi isso para dizer: alguém aí poderia torcer por mim?

sexta-feira, julho 02, 2010

Substituir (?!)

Enquanto espero meu texto sobre a Copa - e as meninas para o choppinho de sexta! - vou falando de algo que li essa semana e incomodou muito. Saiu uma matéria no site da Super Interessante - que pode ser visto neste link aqui http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/redes-sociais-afetam-o-cerebro-do-mesmo-jeito-que-a-paixao/
Segundo a tal pesquisa de não-sei-onde, temos uma imensa satisfação ao fazer uma troca de tweet com um amigo, tão grande como quando estamos apaixonados. Que a revista me perdoe, mas essa pesquisa tem tanta cara de coisa comprada e paga pelos administradores das redes sociais.
Todos nós - e eu vou me incluir nisto - adoramos as maravilhas internéticas, mas vamos concordar que nenhuma delas passa perto de substituir qualquer coisa como o toque e a comunicação verbal/corporal humana. Nada pode substituir aquele olho-no-olho e corpo fala tão forte em todos nós. Mais que tudo, falamos com o corpo, expressões, mão, cheiro, toque. Nenhum tweet de amor chega aos pés de um abraço, de um olhar compreensivo e matador, aquele que muitas vezes faz nosso coração tremer e nossa mão suar!
Essa pesquisa foi paga! É claro que foi paga! As mídias e redes sociais precisam acabar com essa culpa que aflige a todos os adeptos nerds de plantão de não sair mais, de encontrar menos os amigos, se restringir a troca de elogios e comentários pelo mundo cibernético. Vamos todos admitir, é muito fácil e cômodo para todos deixar uma simples mensagem de parabéns no Orkut, ao invés de "perder uns minutinhos do dia" ligando para aquela pessoa que nem é tão próxima a você para falar umas palavrinhas de conforto.
No entanto, todos sabemos que não é a mesma coisa. Eu lembro como gostava de receber ligações no meu aniversário. Enfim, o tempo muda, a tecnologia avança e ficamos mais distantes uns dos outros, com conversas razas, sem profundidade. E assim continuamos a vidinha, sem perceber, mais longe dos outros, dos outros humanos, presos na frente do computador, perdendo tempo.

Bom, agora chega de falar! Vou ali beber minha cerveja.

Então...

Eu juro que quero voltar! Já comecei a escrever um texto sobre a Copa... aliás, a Copa está quase acabando e ele não acaba. Nem é nada demais mas eu quero escrevê-lo. Ele está semi pronto, falta uma coisinha e outra.
Quero voltar, quero voltar. Escrever, desenvolver meus pensamentos "no papel", pensar, refletir, não deixar tudo ficar perdido na memória de qualquer um durante a conversa de bar. É!

segunda-feira, maio 03, 2010

Falta


Sinto que está faltando alguma coisa, e não sei explicar o quê. Mas tem algo de muito grave me angustiando ultimamente. Depois das férias (a volta delas, para ser mais específica), nada tem me satisfeito. Esta é a verdade: nada interessa de verdade ou chama tanta atenção. Aguardo ansiosamente os finais de semana, mas quando chegam não tem nada que eu tenha muita vontade de fazer. Parece que está tudo igual, na mesma, aquela rotina insuportável que todos nós vivemos e sentimos.
O mundo já chamou mais minha atenção: sua beleza e loucura. Ultimamente, tudo tem sido tão... igual! Provavelmente tudo isto é fruto do meu mundo excessivamente idealizado e planejado. Desejo sinceramente que esta fase seja transitória. Uma vida sem paixão parece muito mais com Sobrevivência.

quarta-feira, abril 07, 2010

Twitter pelo blog

...em meio a tantas coisas, tanto trabalho eu só quero fazer aquilo que não preciso de maneira alguma. Escrever neste blog foi uma delas. Pronto, sanado.

(depois do twitter, só eu tenho dificuldade de desenvolver ideias que ultrapassem 147 caracteres? Logo eu, a mais prolixa, sofrendo com o texto curto. Vai entender!)

quinta-feira, agosto 13, 2009

Vidro

Confiança tem uma semelhança com vidro, que depois de partido nunca volta a ser igual. Profissionalmente, vi um grande vidro se partir, e neste momento todos os cacos estão jogados no chão. Qual será a melhor opção - juntar o que sobrou e reconstruí-lo, mal feito e incompleto, cheio de fissuras e imperfeições; ou jogar tudo na lata do lixo?
Infelizmente, vejo que na grande maioria do tempo tentamos reconstruir algo que nunca mais será igual. Temo precisar escolher este caminho.

quinta-feira, julho 30, 2009

Sobre amar e retribuir (?)

Uma senhora, por volta de 80 anos, estava na minha frente entre os "clientes de encaixe"do clínico geral/cardiologista hoje. Ela estava acompanhada da neta: entre 18 e 20 anos, com óculos sou-nerd e aquele visual casual natural do carioca Zona Sul. Poderia tudo aquilo ser uma obrigação, mas a garota parecia estar de alguma maneira bem por ter a responsabilidade de levar a sua avó já tão decrépita ao médico. A senhora, ao ser chamada, foi prontamente ajudada pela neta,e toda essa cena remeteu um passado muito feliz.
Lembrei da minha avó e de todos os cuidados que a "minha velha" teve um dia comigo. Lembro do pé-de-goiaba no quintal da sua casa em Cristalândia, uma cidade esquecida pelo mundo no interior do Tocantins. Lembro de toda a felicidade naquele pé e dos seus gritos dias e dias para eu "descer daquele pé logo, que está tarde!". As formigas que percorriam os galhos eram grandes e davam medo, e eu confesso que era muito medrosa... nunca passei do galho principal da árvore, o mais grosso e forte. E ela achava tudo aquilo ótimo, como se fosse uma grande realização eu conseguir subir naquela árvore dentre tantas outras no seu quintal.
Os outros podem achar que não, mas para mim realmente era um desafio subir ali. 7 anos e eu nem sabia andar de bicicleta de medo! MEDO DE CAIR! E em dois meses ela simplesmente conseguiu tirar essa medo, me incentivou a pedalar e a... subir no pé de goiaba! Era uma realização sua neta mais "frágil" ali em cima, como uma moleca, aproveitando o dia quente fora do quarto e da televisão.

Ao ver aquela senhora tão frágil eu lembrei da minha forte avó, e todos os laços que temos, não por sermos da mesma família, mas por nos amarmos. Entendi aquela cena como uma retribuição a tantos momentos bons que aquela senhora teria dado a sua neta (e que ainda dá!) quando mais nova, fosse nos doces, nos presentes, ou em momentos felizes, simples assim. A gente faz isso naturalmente por quem ama, sem dor e sofrimento.
Atualmnte estou longe e mal consigo ligar para a"minha velha", pois não consigo balbuciar mais que alguns palavras sem cair no choro. Ela ri do outro lado da linha, com toda aquela experiência de quem já viveu oito décadas e esclarece tudo de uma maneira muito simples. Diz com aquela linguagem simples que a vida é assim mesmo, e temos que ser fortes para viver, as vezes longe de quem a gente ama, mas isso é necessário e vai ser bom pra gente. Pensando bem, acho que apesar de tudo, ela ainda parece mais cuidar de mim que o contrário.

quarta-feira, julho 29, 2009

Saudade é necessário

"Eu sou então um sujeito perseguido pela saudade. Sempre fui, e não sabia como me desligar da saudade e viver tranquilamente.
Ainda não aprendi. E desconfio que não aprenderei nunca. Pelo menos já sei de algo valioso: é impossível me desligar da saudade porque é impossivel me desligar da memória. E impossível se desligar daquilo que se amou.
É totalmente humano, então, ser um ser nostalgico, e a única solução é aprender a conviver com a saudade. Talvez, para a nossa sorte, a saudade possa transformar-se, de algo depressivo e triste, numa pequena chispa que nos dispare para o novo, para entregar-nos a outro amor, a outra cidade, a outro tempo, que talvez seja melhor ou pior, não importa, mas que será diferente. E isso é o que todos procuramos todo dia: não despediçar em solidao a nossa vida, encontrar alguém, nos entregar um pouco, evitar rotina, desfrutar de nossa fatia da festa."

Pedro Juan Gutierrez

Tive que copiar isso para não esquecer exatamente o tipo de sentimento que vivo há alguns meses. Copiei de alguém após chorar um pouco, e a pessoa que copiou disse que chorou novamente ao ler. Sinceramente as vezes cansa essa chorar, mas prefiro entender que isso é uma amostra de que ainda há muito sentimento e paixão dentro deste corpo, e que sentir isso é também uma forma de mostrar que ainda estou viva. Isso sim, me conforta muito.

=)

quinta-feira, julho 16, 2009

crise de idade. todos temos - sim, todos nós, eu tenho certeza disso!
o que aflige é o fato de termos que escolher o tempo inteiro, e parece que agora, aos 20 e poucos, qualquer escolha vai trazer consequências para os próximos MUITOS anos: mudar de cidade ou continuar por aqui? sair da casa dos pais ou ter seu próprio espaço? trabalhar muito, ganhar dinheiro, estudar mais.... ou tudo ao mesmo tempo agora. assistir tv ao chegar em casa ou cair em cima dos livros da pós?

tantas oportunidades fizeram um bloqueio, e é tudo pior: não decido quase nada, evito o definitivo, o fazer agora, o resolver agora... permaneço no confortável "agora" e talvez eu sofra consequências disso por muito anos. é estar distante, disperça, sem crença, sem fé, no automático.

luto contra a auto sabotagem

(preciso escrever mais, perdi a prática)