segunda-feira, março 28, 2011

Sobre sonhos e (essa tal de) carreira

Quem acompanha minha "carreira" de perto sabe que ela anda agitada nos últimos dois anos. Antes de qualquer coisa, que fique claro: estou em busca da felicidade profissional, aquele desejo desenfreado pelo emprego dos sonhos, aquele que a gente sonha na faculdade e tenta enquadrar dentro da realidade (bem maluca!) do mercado de trabalho. E para isso não basta somente trabalhar na nossa área. É preciso buscar algo dentro da sua área que pague suas contas, te realize profissionalmente e, de preferência, tenha um ótimo clima de trabalho.

Indiretamente, esse desejo também me trouxe para o Rio de Janeiro, fez largar um emprego fixo e o mundo da assessoria de imprensa para conseguir meu lugar ao sol nas redações dos veículos brasileiros, cada vez menores e mais concorridas.

Não posso reclamar: desde o fim de 2009 nesta ida e vinda de temporários, consegui boas oportunidades em lugares ótimos, e aprendi muito, mas muito mesmo. Mas essa vida cansa, e muito. No fim de cada contrato, sofro com a perda da convivência em ambientes e com pessoas com as quais me afeiçoei. Eles não farão mais parte da minha rotina. Economicamente, a coisa desanda mais. O planejamento "de vida" se resume aos próximos três meses, prazo máximo determinado para os contratos temporários.

Talvez - eu digo talvez, e espero mesmo que isso não se confirme - mais um destes ciclos na minha carreira acabe dentro de uma semana. Meu contrato de cinco meses encerra e, ao menos por enquanto, sem possibilidade de renovação. A angústia sem fim já começou. Mesmo com os sorrisos diários - quem convive comigo no ambiente de trabalho sabe que minha falha é sorrir e falar demais! - estou gritando por dentro. Indiretamente, esse texto também é uma forma de desabafar e não desabar como uma criança que perdeu seu novo brinquedo na frente do mundo.

Espero não estar fazendo nada de errado. Em busca do meu lugar ao sol, só meu, sem prejudicar ou fazer mal a ninguém. Vou continuar trilhando o meu caminho. Escrevi isso para dizer: alguém aí poderia torcer por mim?