sexta-feira, julho 02, 2010

Substituir (?!)

Enquanto espero meu texto sobre a Copa - e as meninas para o choppinho de sexta! - vou falando de algo que li essa semana e incomodou muito. Saiu uma matéria no site da Super Interessante - que pode ser visto neste link aqui http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/redes-sociais-afetam-o-cerebro-do-mesmo-jeito-que-a-paixao/
Segundo a tal pesquisa de não-sei-onde, temos uma imensa satisfação ao fazer uma troca de tweet com um amigo, tão grande como quando estamos apaixonados. Que a revista me perdoe, mas essa pesquisa tem tanta cara de coisa comprada e paga pelos administradores das redes sociais.
Todos nós - e eu vou me incluir nisto - adoramos as maravilhas internéticas, mas vamos concordar que nenhuma delas passa perto de substituir qualquer coisa como o toque e a comunicação verbal/corporal humana. Nada pode substituir aquele olho-no-olho e corpo fala tão forte em todos nós. Mais que tudo, falamos com o corpo, expressões, mão, cheiro, toque. Nenhum tweet de amor chega aos pés de um abraço, de um olhar compreensivo e matador, aquele que muitas vezes faz nosso coração tremer e nossa mão suar!
Essa pesquisa foi paga! É claro que foi paga! As mídias e redes sociais precisam acabar com essa culpa que aflige a todos os adeptos nerds de plantão de não sair mais, de encontrar menos os amigos, se restringir a troca de elogios e comentários pelo mundo cibernético. Vamos todos admitir, é muito fácil e cômodo para todos deixar uma simples mensagem de parabéns no Orkut, ao invés de "perder uns minutinhos do dia" ligando para aquela pessoa que nem é tão próxima a você para falar umas palavrinhas de conforto.
No entanto, todos sabemos que não é a mesma coisa. Eu lembro como gostava de receber ligações no meu aniversário. Enfim, o tempo muda, a tecnologia avança e ficamos mais distantes uns dos outros, com conversas razas, sem profundidade. E assim continuamos a vidinha, sem perceber, mais longe dos outros, dos outros humanos, presos na frente do computador, perdendo tempo.

Bom, agora chega de falar! Vou ali beber minha cerveja.

Então...

Eu juro que quero voltar! Já comecei a escrever um texto sobre a Copa... aliás, a Copa está quase acabando e ele não acaba. Nem é nada demais mas eu quero escrevê-lo. Ele está semi pronto, falta uma coisinha e outra.
Quero voltar, quero voltar. Escrever, desenvolver meus pensamentos "no papel", pensar, refletir, não deixar tudo ficar perdido na memória de qualquer um durante a conversa de bar. É!